IDENTIDADE, SENTIDO E PARTICIPAÇÃO NA ATIVIDADE PRODUTIVA DE PANIFICAÇÃO DE MULHERES ASSENTADAS
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Este artigo é fruto de um estudo etnográfico realizado em um assentamento no interior do Paraná que, sob a perspectiva da Teoria Histórico Cultural, buscou compreender como ocorre a aprendizagem da atividade produtiva de panificação das mulheres assentadas a fim de revelar como aquelas mulheres aprendem a empreender. Por meio de um design metodológico nascido da combinação da necessidade de compreender em profundidade o local de realização da própria prática (Modelo do Sistema de Atividade Humana de Engeström) seguindo os atores por meio da etnografia e da pesquisa histórica, cuja possibilidade de interpretação encontramos na análise interpretativa, formamos um pacote metodológico cujos resultados revelaram o crescimento de um empreendimento que se dá por meio de uma aprendizagem participativa e da negociação dos significados na comunidade por conta de uma vontade culturalmente construída e que atribui à atividade o sentido de busca de identidade e o sentido da participação como o desejo de afiliação social, constituindo-se como geradores de contradições que impulsionam a atividade e que mantém as mulheres atentas ao aprendizado, construindo uma consciência histórica que lhes possibilita o reconhecimento da sua própria identidade e de participação social.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Referências
DENZIN, N. K. e LINCOLN, Y. S. (orgs). O Planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens; tradução Sandra Regina Netz. Porto Alegre: Artmed, 2005.
ENGESTRÖM, Y. 1987. Learning by expanding. An activity-theoretical approach to developmental research. Helsinki: Orienta-Konsultit.
______________. 2001. Activity theory as a framework for the study of organizational transformations. Journal Knowing in practice. University of Trento, Italy February.
_______________. 2004. New forms of learning in co-configuration work. Journal Of Workplace Learning, vol.16, no. 1/2, pp. 11-21, Bradford: Emerald Group Publisher.
ENGESTRÖM, Y., SANNINO, A. 2012. A. Whatever happened to process theories of learning? In: Learning, Culture and Social Interaction. University of Helsinki, Finland, p. 45-56.
GHERARDI, S. 2009. Introduction: the critical power of the ’practice lens'. Management Learning, v. 40, n. 2, p. 115-128.
GHERARDI, S.; NICOLINI, D.; ODELLA, F. 1998. Toward a Social Understanding of How People Learn in Organizations: the notion os situated curriculum. Management Learning, v. 29, n. 3.
GREEN, J. L.; BLOOME, D. 1997. Ethnography and ethnographers of and in education: a situated perspective. In: FLOOD, J.; HEATH, S. B.; LAPP, D. (Ed.). Handbook for literacy educators: research in the community and visual arts. New York: Macmillan, p. 181-202.
LAVE, J.; WENGER, E. 1991. Situated Learning: legitimate peripheral participation. Cambridge: Cambridge Univeristy Press.
LAVILLE, J.; GAIGER, L.I. 2009. Economia Solidária. In HESPANHA...[et al.]. Dicionário Internacional da Outra Economia. Portugal, Almedina.
LEONTIEV, A. 1978. O homem e a cultura. In: LEONTIEV, Aléxis. O desenvolvimento do psiquismo. São Paulo: Horizonte Universitário.
PAIXAO, M. V. 2014.Sentido e Participação na Atividade de Panificação das Mulheres do Empreendimento Econômico Solidário 8 de Junho sob a ótica da Teoria Social da Aprendizagem. Tese de Doutorado. Curitiba: Universidade Positivo.
VALADARES, P. H. V. 2012. Revista de Desenvolvimento Econômico e Territorial. Brasília, SEBRAE.
VYGOTSKI. L. S . 1995. Obras escogidas III. Madrid: Visor.
______________. 1978. Mind in society: the development of higher psychological processes. Cambridge: Harvard University, Press,.
WENGER, E. 1998. Communities of Practice: Learning, Meaning, and Identity. Cambridge: Cambridge University Press.
WENGER, E. C.; SNYDER, W.M. 2001. Comunidades de prática: a fronteira organizacional. In: Harvard Business Review (Org.). Aprendizagem Organizacional. Trad. Cásia Maria Nasser. Rio de Janeiro: Campus.
WERTSCH, J.V. 1985. Vygotsky and the social formation of mind. Cambridge, MA: Havard University Press.